A cidade de Peruíbe está com sua vasta área de preservação ambiental sob risco. Sem alarde ou conhecimento das autoridades regionais, o município poderá abrigar uma termoelétrica a gás natural, que englobará 180 hectares – o equivalente a 180 campos de futebol – e percorrerá a zona de amortecimento dos parques estaduais da Serra do Mar e Xixová-Japuí, bem como o território da Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha do Litoral Centro.

Além disso, percorrerá ainda área natural tombada e terras indígenas, pois a usina estará a aproximadamente 4,7 quilômetros da terra indígena Piaçaguera e sua linha de transmissão atingirá também a Itaóca, Guarani do Aguapeu e Rio Branco.

Além de Peruíbe, pelo menos mais cinco cidades da região seriam afetadas pelo empreendimento com a passagem de uma “Linha de Transmissão” de cerca de 90 km de extensão, atravessando os municípios de Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente e Cubatão, onde está localizada a subestação da Baixada Santista.

As usinas termoelétricas causam:

  • – Emissões aéreas de material particulado: problemas respiratórios, interferência na fauna e flora, cheiro irritante, efeito estético ruim;
  • – Emissão de óxidos de enxofre: problemas respiratórios, cardiopulmonares, interferência na fauna e flora, acidificação de chuvas;
  • – Emissão de dióxido de carbono: contribuição para o efeito estufa;
  • – Emissão de óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono: chuvas ácidas;
  • – Percolação das águas das chuvas nas áreas de estocagem: contaminação do lençol freático, dos cursos de água, elevação do ph, metais pesados, sólidos dissolvidos;
  • – Sistemas de resfriamento das águas: interferência na fauna e flora aquáticas;
  • – Sistema de remoção das cinzas pesadas;
  • – Resíduos sólidos do processo: minas e usinas;
  • – Pirita (Dissulfeto de Ferro (FeS2)).

O complexo compreenderá gasodutos marítimos e terrestres de transmissão de gás natural de 10 quilômetros de extensão (marítimo) e 3,6 de terrestre; uma Estação de Medição e Regulação de Pressão; uma linha de transmissão, com 90 quilômetros, que atravessará sete municípios: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos e Cubatão; e um Gasoduto de Distribuição, próximo de Cubatão, cujo traçado utilizará faixas de domínio das rodovias  Rio-Santos (BR-101) e Padre Manoel da Nóbrega (SP-055).

Segundo parecer, as obras implicarão em supressão de vegetação do Bioma Mata Atlântica, protegida por lei federal e, tanto na implantação como na operação, acarretará impactos ambientais nos meios biótico, físico e socioeconômico.

PROTESTOS CONTRA A TERMOELÉTRICA

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